Com dez homicídios em nove bairros, o mês de abril teve um assassinato a menos que março ou decréscimo de 9% já que, no terceiro mês do ano, tivemos 11 homicídios. Na comparação com abril de 2022 são quatro homicídios a mais ou 40% de acréscimo, pois, naquele período, ocorreram seis assassinatos. Foram 8 homicídios em janeiro, 4 em fevereiro, 11 em março e 10 no mês passado. Segundo levantamento feito pelo Site Miséria, em abril, os bairros onde houve o registro de homicídios foram Pedrinhas (02 ou 20% dos assassinatos de abril em Juazeiro) e os demais no Pio XII, Antonio Vieira, João Cabral, Romeirão, São José, Horto, Salesianos e Limoeiro. No acumulado do ano o bairro João Cabral desponta como o mais violento com quatro homicídios ou uma participação de 12% na matança este ano em Juazeiro. Mesmo com o crescimento no número de homicídios no mês de abril em relação ao mesmo período de 2022, o ano continua um pouco menos violento. Em 2022, eram 37 homicídios no primeiro quadrimestre contra 33 este ano ou quatro a menos representando um decréscimo na ordem de 10,8% na violência. Eis a relação dos homicídios registrados no decorrer do mês passado em Juazeiro: Dia 01 – Carlos Wedjunior dos Santos Fernandes, de 37 anos, que residia na Rua Santa Tereza (Pio XII) morreu no HRC. Na noite do dia anterior ele foi esfaqueado na Rua do Seminário perto da Escola Figueiredo Correia naquele bairro por Gilberto da Silva Ferreira, de 34 anos, o “Feijão” que mora na Rua do Seminário (São Miguel). Ele saiu ferido e terminou preso no HRC após receber atendimento. Os dois tinham rixas antigas, respondiam por tráfico, assaltos, furtos e lesões corporais. Dia 09 – Diego Ribeiro dos Santos, de 32 anos, que residia num conjunto na Rua Francisco Maciel Bezerra (Tiradentes) e era autônomo, foi morto a tiros numa casa na Rua Ladislau de Arruda Campos (Antonio Vieira). Ele não respondia procedimentos criminais e vizinhos disseram à polícia que ouviram apenas os estampidos de arma de fogo. Dia 10 – Wermesson Bento dos Santos, de 20 anos, o “Messim” que residia na Rua Luciano Teófilo (Triângulo), foi baleado e morreu ao dar entrada no HRC. O crime aconteceu na calçada de uma casa na Rua Senhor do Bonfim (João Cabral) e a vítima respondia procedimentos criminais por assaltos a mão armada. Dia 10 – José Lucas Xavier Ferreira, de 29 anos, o “Negão” que residia na Rua José de Alencar (João Cabral) e usava tornozeleira eletrônica, foi morto a tiros por dois homens numa moto Yamaha vermelha quando passava na Rua Joaquim de Sousa Menezes (Romeirao). Ele respondia três procedimentos por crimes de tráfico de drogas. Dia 16 – Samoel Barbosa Sabiá, de 40 anos, que residia na Rua Cantora Socorro Alencar Ribeiro (São José), foi morto a tiros dentro do seu veículo Fiat Uno de cor vermelha quando chegava em casa e sua companheira Karolyny Dias Pereira, de 36 anos, saiu baleada na coxa. Os crimes foram praticados por dois homens numa moto Honda Bros vermelha e “Sabia” respondia por crimes de violência doméstica. Dia 18 – Adysson Cauã Alves de Oliveira, de 19 anos, que residia na Rua Virginia de Mendonça (João Cabral) e trabalhou como barbeiro, foi morto a tiros dentro de uma casa na Rua Francisco Gomes Vieira (Pedrinhas). Ele era testemunha de crimes de lesão corporal e roubo e respondia por assalto a mão armada. Dia 21 – Gilson Manoel da Silva, de 25 anos, que residia na Rua Artesão Manoel de Barros (Tiradentes), foi morto a golpes de faca na Rua Manoel José da Silva (Horto). Existem informações que o acusado tinha sido lesionado pela vítima e retornou para matá-lo após deixar a UPA Limoeiro. Gilson respondia procedimentos por crimes de tráfico de drogas, assaltos e violência doméstica contra sua própria mãe. Dia 22 – Elisvaldo Ferreira dos Santos, de 40 anos, o “Neguim” que era metalúrgico e residia na Rua Francisca Pereira Lopes da localidade denominada Vila Nova (Pedrinhas), foi morto a golpes de faca pelo irmão identificado apenas por “Laércio”. Ele respondia procedimento por crime de violência contra sua ex-companheira. Dia 22 – José Roberto dos Santos, de 46 anos, o carroceiro “Beto de Benício” que residia na Rua Apolo XI perto do cruzamento com a Monsenhor Lima (Salesianos), foi morto a tiros na calçada de sua casa por dois homens numa moto. Ele respondia por estupro, lesão corporal, violência doméstica, tráfico de drogas, furto, porte ilegal de arma de fogo, desacato, crime ambiental e contravenção penal. Dia 22 – Maria Peixoto da Silva, de 62 anos, que residia na Rua Arnaldo Parente (Limoeiro), teve o corpo encontrado num matagal perto da ponte das Timbaúbas na Rua Madre Nely Sobreira. Ela foi morta por asfixia e paulada no abdômen desfechada por um homem que a atraiu para o matagal quando saiu de casa para ali deixar umas sacolas de lixo.